istorias do drama e da comedia
para falar de quem ou do que gosto ou me marca, pelo bem e pelo mal, e de que tenha imagens ou não
domingo, 11 de dezembro de 2011
vem ai o natal
segunda-feira, 5 de julho de 2010
O drama
Decorre em tempo de crise ideológica e de valores politico culturais, festividades por todo o pais como se a tradição fosse algo que nos leva a um limbo inconsciente de esbanjamento e mesa farta com modinhas etnográficas e animacion por verdadeiros elementos de uma caderneta de cromos musicais e ao mesmo tempo animais de palco que nos empranham os tímpanos com todo o tipo de acordes próprios ou pedidos emprestados de forma grosseira para belo prazer de pequenas multidões que se amontoam aos pares, muito juntinhos em frenética dança de lavagem cerebral nos tempos de merda que correm.
Este povo não se enxerga e não tem a educação ou humildade para se rever nas caricaturas sociais que vários miúdos com estudos superiores e uma grande vontade de gozem o próximo apresentam em diversos canais de televisão.
Depois desta afirmação apresento-me de corda ao pescoço com Egas Moniz e defendo um povo sem raízes uma mistura tão grande delas que por vezes não sei se foram os Portugueses que criaram o mulato ou o mulato que educou os ocidentais.
sábado, 30 de janeiro de 2010
faz bué que não metos os dedos nesta coisa para emporcalhar ainda mais a web
pelos timpanos entra-me rodrigo leão e o seu amigo italiano. uma sensação de dejavu fica como nuvem nos olhos e orelhas
saltitam pop-ups no canto inferior esquerdo do ecran que me mostra o mundo, contra estas paredes de cortiça.
sábado, 10 de outubro de 2009
elas regem a maior parte da minha vida
isto podia ser o titulo de uma publicação
e talvez seja a coisa mais acertada que faço neste tempo que me sobra, agora.
gostava de ser alguém famoso e saber que isto era lido por montes de gente, que, tal como acontece ao Pacheco pereira, é discutido em espaços públicos e privados, e talvez também na alcova de alguns lares,.
acho que iria sentir vergonha de falarem dos meus pensamentos enquanto estivessem na cama.
espero que nunca chegue a esse ponto.
mas, gostava de sentir o sentimento.
gostava de sentir que as minhas palavras proferidas em publico, fizeram alguma moça a alguém.
magoaram pessoas.
ofenderam mentalidades e estados de espírito.
ter a certeza de que alguém ficou a pensar, nem que por um pedacinho de tempo que fosse que eu,
LHES FODI A CONSCIÊNCIA
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
democracia a quanto obrigas
ser ou não ser um ponto negro na sociedade que nos rodeia
foder ou não consciências que no fundo nos fodem a nós
estar ou não na linha da frente da revolução
conseguir uma forma de protesto para uma melhoria de vida pessoal e social
a revolta está cada vez mais presente cada vez que acontecem eleições
cada um de nós tem farpas espetadas pela falta de liberdade
todos em conjunto temos algo contra uma conjuntura social e económica sob a qual estamos sujeitos
o meu, colectivo, obrigado à democracia
o meu obrigado à revolução de Abril
o meu obrigado à liberdade de imprensa
a grande questão
ser ou não ser um cabrão
ser ou não ser um hipócrita
gostar ou não de ser um lambe-botas
VIVA A DEMOCRACIA
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
coimbra em blues 2009
Paz a sua alma
O descanso eterno é merecido a quem nos deixa
Ao fim de 6 (seis) anos de existência deixa-nos com saudade
A mesma saudade com que o acolhemos no palco e camarins
Lembro-me do reverendo que é louco e psiquicamente saudável
Dos stresses que apanhei com a mesa de mistura e as misturas da mesa
Lembro-me dos jantares na pensão flor com os músicos e das garrafas que as acompanhavam
Tenho saudades do que já não vem, pelo menos para o meu palco
Tenho pena de nunca ter feito frente no festival
I’ve got the blues
I can play the blues
Tell me the button
sábado, 27 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
O natal, essa instituição consumista que nos faz devorar montras a contar os trocos e amig@s
Salaam 'Alaykum
Na diáspora para mais uma festa de comes e bebes mais do que comes e partilhas a tua vida com os que não estiveram contigo enquanto esta acontecia.
Na diáspora como em casa e de chinelos e fato-de-treino langueirão e quase garrido como se domingueiro fosse e calcorreasse centros comerciais, assim vou da casa à pastelaria e volto pelo caminho mais longo tentando inspirar-me para aqueles passeios que me levam como uma folha perdida ao vento pelo monte fora, com a cadela pela trela e meio litro de agua no bolso.
Arrefecem-me as extremidades quase todas e a vontade de que o natal seja no Brasil toma forma capitalista e comodista.
Como dizem os tão odiados árabes “Salaam 'Alaykum” que a paz esteja convosco.
Os judeus dizem “Shaloam” como saudação, que a paz esteja convosco.
Salvo más traduções, a ideia das palavras é sempre de paz, mesmo entre países que estão quase sempre em guerra.
Em qualquer dos casos desejamos paz.
Eu digo sempre. Que a paz esteja convosco. Seja para @s que cá estão, perto de mim, ou para aquel@s que estão longe de mim.
O natal, essa instituição consumista que nos faz devorar montras a contar os trocos e amig@s.
As árvores de natal electrónicas são uns rabiscos de alto a baixo com uma estrela judia na ponta.
Somos mais afáveis para os desconhecidos como que se passássemos por um purgatório. Apesar de sermos grandes e conscientes acreditamos que o pai natal ou o menino Jesus nos vai deixar aquela prenda que não tivemos dinheiro par nos oferecer a nos próprios. Fazemos psico-analise aos noss@s amigos tentando descobrir o presente que vão gostar mais e a nossa conta pode pagar.
Esse cinismo mundial, com excepção dos adventistas ou lá o raio que é a professora do Tiago,( que não os deixa participar no sentimento por ser de outra religião, é uma má profissional) leva-nos a desprezar-nos em detrimento dos que nos são mais próximos. Será esse o objectivo?
Mas o que é que isto interessa no tempo que corre? Nada. Nada interessa ao natal que se chega e nos faz engordar e depois aquelas calças que tínhamos comprado para usar no dia do mesmo já não nos servem porque enfardámos como uns leitões e ficámos com a pança gorda e roliça de forma que as calças novas só nos vão servir depois de mais um mês a fazer dieta e tivemos de ir em fato-de-treino chungoso garrido e domingueiro para a consoada enfardar mais ainda com o bacalhau, a Jó, o polvo, o Joca, a Trulha, as batatas e todos os filhos da Trulha, que se chama Gertrudes, que é a mãe do Joca a visitá-la e nós sem poder soltar uns gases e termos de voltar a fumar só para podermos de forma politicamente correcta ir para o alpendre solta-los de forma silenciosa. Gosto deles. “Salaam 'Alaykum” que a paz esteja convosco. A casa é muito acolhedora. De que me queixo eu? Da barriga roliça. De ter engordado como um peru para o natal. Da lentidão da rede, da falta de vontade de ir apanhar sol e vento para o monte. Que falta me faz o trabalho, assim não penso o que fazer, e descontento-me de não poder fazer nada mais.
O Pedro vai para a Gâmbia, a Margarida fica cá. “Salaam 'Alaykum” a paz esteja convosco.
Quero desafios maiores. Quero superar-me e deixar-me levar pelo conhecimento empírico. Ainda me lembro de escrever na escola a caneta azul, que o professor Arnaldo não tolerava outras cores, a data de um de Outubro de mil novecentos e setenta e sete. Agora escrevo sete e uma janela, sim isto é janelas, ensina-me que se pressionar a tecla enter o sistema completa a palavra Setembro já com maiúscula. Tenho dois casacos vestidos e os pés frios. Talvez me vá deitar.
Salaam 'Alaykum que a paz esteja convosco. Bom ano de dois mil e nove. Eu vou fazer quarenta anos. A minha mãe, setenta e cinco.
“Salaam 'Alaykum” que a paz esteja convosco.